O caminho para uma cidade passa pela mobilidade.
Com a tecnologia você pode melhorar infraestrutura e trazer soluções para a população na área da Mobilidade Urbana.
Você imagina o que seria uma cidade inteligente, existem diversas definições, mais todas tem um ponto em comum. Uma smart city é aquela que aumenta a qualidade de vida de sua população. Isso passa diretamente por um sistema de Mobilidade Urbana que íntegra agilidade, fluidez, e acesso fácil dos usuários. Quando falamos em infraestrutura de Mobilidade Urbana para uma cidade inteligente, tecnologia aparece como outra palavra obrigatória.Ferramentas como internet das coisas, big data, centro de operações e blockchain ajudam no trabalho de captar dados e detectar os problemas. Professor da ESPM, especialista em Governança e pesquisa em inovação de TI para gestão Urbana e cidades inteligentes, Marcos Cesar Weiss dá exemplo, colocar dispositivos de geolocalização em ônibus, mais não oferecer para a população uma forma de interação com o sistema, resolve quase nada.“Poder público, iniciativa privada e academia deveriam e podem colaborar no sentido de fazer planos para cada uma das cidades em que esse processo aconteça naturalmente.Para que a cidade não seja um armário cheio de tecnologia, mais sem saber o que fazer com ela” Comenta.
A Sra Stella Hiroki, doutora em Cidades inteligente e palestrante sobre inovação Urbana, reforça o alerta de Weiss sobre a importância de usar bem os dados gerados pelos dispositivos tecnológicos. Na avaliação dela, o projeto superpedestrian se torna um caso inspirador. Realizado em Copenhague, na Dinamarca, em parceria com o Instituto Massachusetts de tecnologia (MIT) e empresas privadas, a iniciativa usa informações geradas por uma roda elétrica que pode acoplar em diversos modelos de bicicletas comuns e fica conectada ao Smart phone.O equipamento além de reduzir o uso de força nas pedaladas, fornece uma série de dados como nível de poluição, trajeto, e distância percorrida. Com isso, o ciclista recebe informações para fazer melhores escolhas ao se deslocarem para seus destinos. Mais essa tecnologia também ajuda a cidade, compartilhando de forma anônima os dados com as autoridades.A partir disso eles podem identificar áreas onde há maior ou menor uso de bicicletas, observar os níveis de poluição do ar e pensar em soluções.Inicialmente em 2009, as rodas de Copenhague já estão a venda, podendo ser usadas em diferentes Cidades no Mundo.
“Fizeram marketing com a pesquisa acadêmica, mostraram que dá para ganhar dinheiro com uma solução para a cidade,”
INTERMODALIDADE.
Stella ressalva, contudo, que não basta investir em bicicletas e em Modais novos, como os patinetes elétricos, que se tornaram febre.Além de alertar para a necessidade de regulamentação para esses serviços alternativos, ela defende que os diversos Modais (como ônibus, VLT, BRT, Metrô e Trens) funcionem em conjunto.Essa estratégia possibilita que as pessoas se desloquem com facilidade, além de permitir que elas ocupem o espaço público e se sintam parte da cidade. “E importante porque vai permitir quem mora na periferia poder contribuir mais com o centro da cidade, levar sua cultura. Elas vêem que tem direito ao centro, aos espaços, estarão participando.” Diz.
O diretor da CCR Engelog Tec, André Costa, resalta a agilidade como outra vantagem da maior integração. “O tempo médio de deslocamento casa-trabalho pode ser cada vez menor, graças á integração entre as Modais de transportes.” Comenta o diretor da empresa de tecnologia do grupo CCR.
O executivo destaca que a relação entre os diferentes tipos de transportes permite que os usuários escolham o ideal para as suas necessidades.Ele salienta que é necessário que os investimentos continuem sendo feitos em infraestrutura Urbana. “Seja por meio de trens sem condutor ( com tecnologia driverless) , dispositivo de segurança para os usuários, aplicação da malha ferroviária, e rodoviária, provendo informações e flexibilidade aos usuários e expandindo outras Modais como o aquaviário, ou seja, oferecendo soluções práticas ,modernas, e inteligentes.” Afirma Costa.
Investimentos e estudos são juntamente o que fazem cidades brasileiras como São Paulo, Brasília, Rio de janeiro, Guarulhos, Campinas, Salvador, Curitiba, Belo Horizonte, Recife e Rio Branco se destacarem, essas Cidades, apesar de ainda terem um longo caminho a percorrer, dão importantes passos no desenvolvimento de Mobilidade Urbana. “Cito também, a implementação de Modais mais eficientes, ampliação de dispositivos de segurança, capacidade de oferecer serviços qualificados e interligação das aplicações para melhoras a entrega ao usuário, além disso são Cidades que estão em constante planejamento e estudos das melhores soluções para sua estrutura.” São inúmeras soluções que podem ser controladas remotamente e que estão completamente integradas.Tudo isso resulta em Cidades mais eficientes.