Governo do RJ determina redução de 50% da capacidade de lotação dos transportes públicos e corta Passe Livre

Decreto foi publicado na manhã desta terça-feira (17). A prefeitura do Rio também determinou que os ônibus municipais só circularão com passageiros sentados.

O governo do estado Rio de Janeiro publicou, na manhã desta terça-feira (17), no Diário Oficial, situação de emergência na saúde pública devido ao novo coronavírus.

De acordo com o documento, a capacidade de lotação dos ônibus intermunicipais, barcas, trens e metrô deve ser reduzida em 50%, e ônibus interestaduais estão com circulação restrita. Além disso, o Passe Livre dos estudantes foi suspenso.

Em relação aos ônibus interestaduais, o decreto suspende a circulação daqueles que tenham origem em estado com circulação do vírus confirmada ou situação de emergência decretada.

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, também confirmou na manhã desta terça-feira que os ônibus municipais só circularão com passageiros sentados.

CONFIRA O DECRETO NA ÍNTEGRA

“Estou determinando a redução de 50% da capacidade de lotação, e quando possível, com janelas abertas. O secretário de Transportes vai expedir um ato próprio”, destacou o governador em entrevista ao Bom Dia Rio. “Vamos cancelar o passe livre, porque não está tendo aula”, acrescentou Witzel.

Além de fiscalização de agentes do Detro, o governador pede os motoristas colaborem.

“A ideia é ver as pessoas apenas sentadas. Quem controla é o motorista, os operadores, e nós vamos fiscalizar com os agentes do Detro. Estamos fazendo um decreto para os transportes intermunicipais”, explicou Witzel, destacando que esteve reunido com os prefeitos da Região Metropolitana e que apenas o prefeito do Rio não compareceu, nem enviou representante.

Restaurantes e circulação nas ruas

Witzel também destacou que, no decreto, deverá pedir que restaurantes tenham apenas 30% de sua capacidade, e que, caso seja possível, os clientes priorizem os serviços de entrega, que podem ser feitos no próprio estabelecimento.

“Nesse serviço de entrega, evite contato com o entregador”, pediu o governador. Witzel explicou que, caso as medidas de restrição de circulação não sejam obedecidas, o número de casos pode aumentar muito e sobrecarregar o sistema de saúde.

“Se nós não tivermos condições de atender essas pessoas na rede pública e até na rede privada, essas pessoas não suportarão. O vírus atinge os pulmões e as pessoas têm morte por asfixia. Tem que sair da praia, de bar e restaurante”, exemplificou, citando ainda que pode ir à Justiça caso seja necessário interditar praias do Rio de Janeiro.

Witzel ainda agradeceu aos que atenderam ao apelo para ficar em casa e deixar de circular nas ruas. Porém, ele voltou a fazer o apelo à população. Na manhã desta terça-feira (17), a movimentação nas barcas e no metrô, com imagens mostradas no Bom Dia Rio, ainda era muito grande. O VLT também estava lotado durante a manhã.

Movimentação no metrô era grande nessa terça-feira (18) — Foto: Flávia Jannuzzi/TV Globo
Movimentação no metrô era grande nessa terça-feira (18) — Foto: Flávia Jannuzzi/TV Globo
VLT também estava cheio durante a manhã desta terça — Foto: Flávia Jannuzzi/TV Globo
VLT também estava cheio durante a manhã desta terça — Foto: Flávia Jannuzzi/TV Globo

“Vamos ficar em casa e preservar os idosos. Nós estamos em guerra contra um inimigo virtual, uma guerra epidemiológica”, finalizou Witzel, chamando os médicos de “heróis de branco”.

No início da tarde de segunda (16), o Ministério da Saúde confirmou 31 casos de coronavírus no estado do Rio de Janeiro, sendo 29 na capital, 1 em Niterói e 1 em Barra Mansa.

De acordo com Witzel, o documento decreta situação de emergência no estado devido ao novo coronavírus.

O estado de emergência se caracteriza pela iminência de danos à saúde e aos serviços públicos. Durante a coletiva, o governo não explicou o que será feito com o decreto de emergência e afirmou que não há uma duração estimada.

A reportagem do G1 apurou que a situação de emergência vai permitir contratações sem licitação na área da Saúde, além de recomendações sobre os empreendimentos que devem ser fechados ou funcionar parcialmente, entre eles, shoppings centers, academias e bares e restaurantes, que devem funcionar com 1/3 da sua capacidade.

Fonte: G1

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